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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Por que estudar História? - Laura de Mello e Souza




Laura de Mello e Souza é professora titular de História Moderna da Universidade de São Paulo. É autora de O Diabo e A Terra de Santa Cruz (1986) e O Sol e a Sombra (2006), entre outros livros. Organizou e foi co-autora do primeiro volume de A História da Vida Privada no Brasil.

Para responder esta pergunta, a primeira frase que me ocorre é a resposta clássica dada pelo grande Marc Bloch a seu neto, quando o menino lhe perguntou para que servia a História e ele disse que, pelo menos, servia para divertir. Após 35 anos de vida profissional efetiva, como pesquisadora durante seis anos e, desde então – 29 anos – também como docente na Universidade de São Paulo, considero que a diversão é essencial, entendida no sentido de prazer pessoal: a melhor coisa do mundo é fazer algo que gostamos de fato, e eu sempre adorei História, sempre foi minha matéria preferida na escola, junto com as línguas em geral, sobretudo italiano e português, e sempre mais a literatura que a gramática.

Mas a História é, tenho certeza disso, uma forma de conhecimento essencial para o entendimento de tudo quanto diz respeito ao que somos, aos homens. Os humanistas do renascimento diziam que tudo o que era humano lhes interessava. A História é a essência de um conhecimento secularizado, toda reflexão sobre o destino humano passa, de uma forma ou de outra, pela História. Sociologia, Antropologia, Psicologia, Política, todas essas disciplinas têm de se reportar à História incessantemente, e com tal intensidade que o historiador francês Paul Veyne afirmou, com boa dose de provocação, que como tudo era História, a História não existia (em Como escrever a História). Quando os homens da primeira Época Moderna começaram a enfrentar para valer a questão de uma história secular, que pudesse reconstruir o passado humano independente da história da criação – dos livros sagrados, sobretudo da Bíblia – eles desenvolveram a erudição e a preocupação com os detalhes, os fatos, os vestígios humanos – as escavações arqueológicas, por exemplo – e criaram as bases dos procedimentos que até hoje norteiam os historiadores. Mesmo que hoje os historiadores sejam descrentes quanto à possibilidade de reconstruir o passado tal como ele foi, qualquer historiador responsável procura compreender o passado do modo mais cuidadoso e acurado possível, prestando atenção aos filtros que se interpõem entre ele, historiador, e o passado. Qualquer historiador digno do nome busca, como aprendi com meu mestre Fernando Novais, compreender, mesmo se por meio de aproximações. Compreender importa muito mais do que arquitetar explicações engenhosas ou espetaculares, e que podem ser datadas, pois cada geração almeja se afirmar com relação às anteriores ancorando-se numa pseudo-originalidade.

Sem querer provocar meus companheiros das outras humanidades, eu diria que a Antropologia nasce a partir da História, e porque os homens dos séculos XVI, XVII e XVIII começaram a perceber que os povos tinham costumes diferentes uns dos outros, e que esses costumes deviam ser entendidos nas suas peculiaridades sem serem julgados aprioristicamente. É justamente a partir desse conhecimento específico que os observadores podem estabelecer relações gerais comparativas e tecer considerações, enveredar por reflexões mais abstratas. Portanto, a História permite lidar com as duas pontas do fio que possibilita a compreensão do que é humano: o particular e o geral.

A História é fundamental para o pleno exercício da cidadania. Se conhecermos nosso passado, remoto e recente, teremos melhores condições de refletir sobre nosso destino coletivo e de tomar decisões. Quando dizemos que tal povo não tem memória – dizemos isso frequentemente de nós mesmos, brasileiros – estamos, a meu ver, querendo dizer que não nos lembramos da nossa história, do que aconteceu, por que aconteceu, e daí escolhermos nossos representantes de modo um tanto irrefletido – na história recente do país, o caso de meu estado e de minha cidade são patéticos - de nos sentirmos livres para demolirmos monumentos significativos, fazermos uma avenida suspensa que atravessa um dos trechos mais eloquentes, em termos históricos, da cidade do Rio de Janeiro, o coração da administração colonial a partir de 1763, o palácio dos vice-reis. Quando olho para a cidade onde nasci, onde vivo e que amo profundamente fico perplexa com a destruição sistemática do passado histórico dela, que foi fundada em 1554 e é dos mais antigos centros urbanos da América: refiro-me a São Paulo. Se administradores e elites econômicas tivessem maior consciência histórica talvez São Paulo pudesse ter um centro antigo como o de cidades mais recentes que ela – Boston, Quebec, até Washington, para falar das cidades grandes, que são mais difíceis de preservar.

Não acho que se toda a humanidade fosse alimentada desde o berço com doses maciças de conhecimento histórico o mundo poderia estar muito melhor do que está. Mas a falta do conhecimento histórico é, a meu ver, uma limitação grave e, no limite, desumanizadora. Acho interessante o fato de muitas pesquisas indicarem que, excluindo os historiadores, obviamente, o segmento profissional mais interessado em História é o dos médicos. Justamente os médicos, que lidam com pessoas doentes, frágeis e amedrontadas diante da falibilidade de seu corpo e da inexorabilidade do destino humano. E que têm que reconstituir a história da vida daquelas pessoas, com base na anamnese, para poder ajudá-las a enfrentar seus percalços. Carlo Ginzburg escreveu um ensaio verdadeiramente genial, sobre as afinidades do conhecimento médico e do conhecimento histórico, ambos assentados num paradigma indiciário (refiro-me ao ensaio “Sinais – raízes de um paradigma indiciário”, que faz parte do livro Mitos – emblemas – sinais). Portanto, volto ao início, à diversão, e acrescento: o conhecimento histórico humaniza no sentido mais amplo, porque ajuda a enxergar os outros homens, a enfrentar a própria condição humana.●

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Olá...Graça e Paz!!!         
     Não gostaria de falar aqui sobre religião, sobre regras, leis, condutas que você precisa ou não seguir. Mas sim, falar do amor de Deus, através de sua sagrada escritura. Que tudo o que for lido, falado aqui, seja, em nome do Senhor Jesus e para a Glorificação de Cristo Jesus. Ok?!?!
     Eu gosto muito de um texto que está em Salmos 119:160, "A principal coisa sobre tua palavra é que ela é a verdade; e todos os teus justos mandamentos duram para sempre."
     Quando lemos esta palavra, quando à estudamos, quando vamos a fundo, não somente como letra, mas como diz em hebreus (4:12) que a palavra de Deus é viva e eficaz, ela também é a VERDADE. Ela é o que nos direciona, para a verdade.        Tendo como base esse texto,  somente como uma introdução, na verdade, apenas uma análise para o começo gostaria que você fixasse nisto, ESTA PALAVRA É A VERDADE.
     Por isso, gostaria de que você, ai onde está, pegasse a bíblia, e pudesse abrir a palavra de Deus, e caminhar comigo em alguns textos, para que possamos refletir juntos, sobre esta palavra; e sobre o que Ela tem para nós neste momento.
     Em Mateus 5:39-44 fala o seguinte: Jesus dizendo assim na palavra:

"(39) Não se oponham a quem age errado contra vocês. Ao contrário, se alguém bater na face direita do seu rosto, permita-lhe bater também na esquerda! (40) Se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a camisa, deixe-lhe também o casaco! (41) E se um soldado forçar você a carregar sua carga por um km e meio, carregue-a por três km! (42) Quando alguém lhe pedir alguma coisa, dê o que for pedido; quando alguém quiser pedir algo emprestado a você, empreste. (43) Vocês ouviram o que foi dito aos nossos pais: "ame o seu próximo" - e odeio seu inimigo. (44) Mas eu lhes digo: Amem seus inimigos; orem por quem os persegue!”

     Esse texto, um texto conhecido por muitos onde Mateus 5, é conhecido como o "Sermão do monte ou da montanha", Jesus trata de um assunto, que todos no mundo inteiro com certeza, já pensaram em algo parecido. E que por mais que um ser humano, tente forçadamente, fazê-lo, é quase que impossível, atuar da forma como dizem os 6 versículos que lemos.      Começamos com o 39, não se opor ou seja não se colocar contra aqueles que agem errado contra vocês. E ainda fazer algo ao contrário, se alguém bater em seu rosto, dar-lhe a outra face. Ou ainda, como que diz se alguém quiser processá-lo, você dar além daquilo que ele o processa? no 42 falando  para dar o que for pedido e emprestar o que for pedido emprestado. No mundo todo, onde formos, se você pensar nisto, ou seja, na verdade APENAS PENSAMOS nisso, não sai do pensamento para a ação, e normalmente, pensamos quando estamos, calmos, tranquilos, meditando em algumas atitudes, ou até sozinhos. ... Porém; quando estamos dirigindo por exemplo (a aqueles que dirigem é claro), quando nos fecham ou viram sem dar o pisca, como agimos, damos passagem novamente para que o carro ao lado, após nos fechar, continue seu caminho normalmente? Ou muitas vezes dizemos que não temos nada nos bolsos, quando algum pedinte, sendo mendigo ou não, nos para em algum sinaleiro, ou em algum lugar na cidade... como agimos? Pior ainda, quando desviamos deles, passamos por eles como se fossem nada, ninguém, como se fossem cachorros na sarjeta; fazemos julgamentos, dizendo que estão assim por que são preguiçosos, entre outras coisas do tipo... Questão é: que: FAZEMOS ISTO.
     Infelizmente; nós pensamos, e  pensamos muito. Tanto que não agimos. E é exatamente neste ponto, que Jesus vai tratar. E vai tratar o meu e o seu coração.
     No ultimo versículo deste texto diz: “Amar os vossos inimigos, orar pelos que perseguem você.
Por um acaso você é perseguido por alguém?Talvez, pensando superficialmente, você fale, ..."não, na verdade não..." Mas acredito sim, que você possa ter alguém que implique com você no trabalho, na escola, no grupo de amigos, ou até mesmo já implicou com você, nem que seja uma vez, e que possa ter te deixado um pouco irritado, ou até mesmo nervosinho, "de cara" como falamos comumente, por algum ato errado que essa pessoa tenha feito. Ou atos de pessoas pelo mundo a fora. Talvez um governante, ou um líder religioso, ou seja lá quem for, você já deve ter se intrigado com alguém.
     A isso o que Jesus Cristo fala, é: “Ame os inimigos, e orem por aqueles que te perseguem.”
     Embora pareça simples pela palavra: AMOR. Jesus trata bem mais profundo do que a expressão que é dita neste texto, pois, para que possamos, agir, trabalhar, usar, viver com este amor, e com estas ações que lemos, é necessário antes de tudo. "Vou dizer em um termo talvez já conhecido por muitos" antes de tudo É NECESSÁRIO PASSAR PELA CRUZ.
     Sem passar pela cruz, você pode até tentar, fazer todos estes atos, porém; em seu coração, isto não vai ser prazeroso, gostaria até de desafia-lo, a fazer, todos estes atos que Jesus disse, e principalmente, amar os inimigos, preste atenção que são os inimigos, por que os nossos, parentes, amigos até mesmo conhecidos, é muito fácil, agora inimigos, somente pela cruz.
     E por que somente pela cruz?
     Por que existe algo, que não permite, que você ame verdadeiramente e principalmente os seus inimigos. Este algo  é  O PECADO.
     O palavra pecado, você com certeza já ouviu, até pode ter uma repugna, ou aversão por ela, mas fato é, que ela existe e que todos temos ou somos (no caso pecadores), e isso não sou eu quem falo; mas a verdadeira palavra, no livro aos romanos, 3:23 que diz. “Pois todos pecaram, e carecem da glória de Deus.” Outro texto ainda é de João 8:34 que diz que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.’’
     Bem, se lemos que TODOS PECARAM, somos pecadores, e se somos pecadores como o texto de João 8:34, “somos escravos do pecado,” e se somos escravos desse pecado, a primeira parte do texto de I João 3:8 diz: Aquele que pratica o pecado procede do diabo, por que o diabo vive pecando desde o princípio. Essa é a parte "a" do texto. Já, já leremos a parte "b". Então se procede do diabo, não procede de Deus, se não procede de Deus, não é possível Amar, não temos condições de AMAR. Por que em I João 4:7 e 8 diz, “Amados, amem uns aos outros, por que o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus, Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” Deus é Amor, e somente nEle procede toda fonte de amor.
     E ainda na continuação de I João 3:8 diz assim: (desde o início do texto).

"Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o FILHO de Deus: para destruir as obras do diabo."

     Como agora podemos a partir destes textos, tentar compreender, através de Deus falando conosco através também de sua palavra. Entender o que quer dizer: PASSAR PELA CRUZ!!!
     O que é esse passar pela cruz? Vou dizer de um modo rápido e detalhado, mas completo, sobre a cruz.
     Jesus dizia em João 12:32, que quando Ele fosse levantado da terra, Ele iria atrair a todos, na cruz, e que quando Ele morresse, certamente, todos os que estavam com ele na cruz, morreriam. Mas, o que morreria? O corpo do pecado, ou seja, aquilo que não permite, que você e eu consigamos amar os nossos inimigos.
     Então para que consigamos amar, primeiramente temos que passar pela cruz, ou seja, crer, que Jesus fez este ato na cruz, que ele Morreu e você morreu juntamente com ele naquela cruz. Crer que o seu homem velho, o pecado, foi morto, foi crucificado na cruz. Fora disso, não temos condições alguma, de fazer qualquer um daqueles atos acima.
     Quando passamos pela cruz, ou seja: confessamos, que o nosso pecado foi destruído naquela cruz, aí sim. Você pode novamente fazer o teste, e verificar que através de Cristo, com Cristo, o amor é possível, por que quando morremos, o nosso homem velho foi morto, e detalhe, Cristo ao terceiro dia ressuscitou, e nós com Ele ressuscitamos também... e aí com uma nova vida... VIDA DE CRISTO, VIDA COM CRISTO, UMA VIDA ONDE CRISTO É O "CARRO CHEFE" de sua vida, Ele é quem comanda as ações, e sendo Ele quem comanda suas ações, Ele mesmo, vai fazer com que você dia a dia, aprenda a viver conforme o querer dEle, que é também além de muitos outros Amores que Ele proporciona ainda o amor de Amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem.
     Por isso, creia nesta palavra, e se você não consegue entendê-la, peça ao Senhor dos céus, que faça com que você possa crer nesta palavra... crer verdadeiramente que Cristo fez tudo isso por e para você, com amor, por amor, para que nós também tenhamos amor. (amém...)
Vivam na paz e desfrutem da graça de nosso Senhor Ιησούς Χριστός (como dizia nosso professor de grego: mais bonito né...kkkk)         
Alvaro Eduardo.